O Hoge Veluwe (juro que a pronúncia não tem nada a ver com a escrita, então sintam-se a vontade pra ler “roge veluwe” mesmo) é um parque nacional holandês na província da Guéldria e tem cerca de 55km quadrados. Você paga para entrar e depois pode pegar uma das bicicletas brancas que existem lá disponíveis pra você usar à vontade. São dezenas de opções de rotas e você pode se perder sem medo e com vontade. O mais incrível é que ao pedalar pelo Hoge Veluwe você se depara com as mais lindas e diferentes paisagens… desde florestas temperadas à coníferas e principalmente – e o mais importante – áreas áridas e dunas de areia que se espalham à perder de vista.
O parque surgiu depois que um casal podre de grana ter que repassar as terras para o Estado após problemas financeiros – até então a área era utilizada privadamente por eles como área de caça e “casa de campo”. O componente feminino do casal, a holandesa Helene Kröller-Müller também era colecionadora de arte e nos tempos de abastança conseguiu reunir cerca de 11 mil objetos de arte. Ela sempre deve o desejo de ter o seu próprio museu e o sonho se tornou realidade – não por completo, porque o plano inicial era muito maior – e dentro do Hoge Veluwe existe realmente o Kröller-Müller Museum, um paraíso para quem gosta de arte moderna, de impressionistas e da arte em geral da virada séculos 1800-1900.
O parque estava na minha lista de “preciso ir” há muito tempo. A dona Helena, a colecionadora de arte, adquiriu durante a vida cerca de 90 quadros e 185 gravuras feitos pelo Van Gogh e vocês sabem, se tem Van Gogh na jogada, eu estou dentro! Toda essa quantidade de obras dele faz com que o Kröller-Müller só fique atrás do próprio Museu Van Gogh na quantidade de material reunido do artista. Pois é, fui lá e pude, mais uma vez, me emocionar com o talento do, pra mim, pintor mais incrível que já pincelou as telas desse mundo.
Sábado passado depois de pegar o trem das 09:07 com destino a Amersfoort e de lá para Apeldoorn para então pegarmos um ônibus, cheguei lá quase meio dia com a Alana, minha amiga canadense aqui de Baarn. Demorou um tanto para chegarmos, principalmente porque ficamos 45 minutos à 200 metros da entrada do parque esperando por um ônibus que não precisaríamos mesmo pegar… mas né, se não acontece essas coisas a gente não tem história pra contar hahahaha.
Pra saber mais sobre o parque: http://www.hogeveluwe.nl/en/14