Tenho lentamente conseguido conquistar algumas das coisas que tenho planejado.
E eu sou aquele tipo de pessoa que se vira sozinha por saber que fazendo do meu jeito, sairá como eu quero. Mas né? Na vida as coisas não funcionam bem assim e por mais que um projeto seja meu, o mundo faz o favor de se envolver. Quer dizer, projetos de vida não se constrói sozinho, não é um trabalho de faculdade ou uma tarefa do dia-a-dia. Planejar coisas que vão mudar sua vida, se não definitivamente, por algum tempo, requer que tudo seja calculado com a adição de um fator: o fator humano.
E o fator humano significa que contratempos existirão. Significa também que as coisas podem muito bem não sair como eu estava planejando e eu precisarei ter um belo de um jogo de cintura. Eu não diria que sou cabeça dura, mas também não sou tão rápida de reagir (positivamente) quando algo sai dos meus planos. Eu até aceito, mas fico com um gostinho amargo por um tempo, desejando que as coisas voltassem ao que eu tinha em mente.
Fazer, o que? Eu entendo, as coisas podem não ser perfeitas, mas ainda assim fazem parte da minha vida e se eu me manter fiel demais às minhas idéias eu posso acaber perdendo o trem. Pois é, é difícil saber pesar. É difícil calcular exatamente o quanto a gente quer que o fator humano influencie nossos planos.
E mais difícil é ter paciência, saber lidar com a ansiedade. Eu vejo as coisas acontecendo e tenho vontade de ir eu lá e resolver. E daí eu me lembro que é preciso dar tempo e espaço para que as pessoas façam a parte delas. Se apertar demais pode estourar.
E tem mais, ansiosa que sou, por mais que eu consiga esperar, entender como funciona, eu não consigo deixar de planejar, e replanejar e planejar mais um pouquinho. Eu tenho vontade de deixar tudo já pronto, tenho vontade de terminar logo com minhas literaturas, tenho vontade de que a hora chegue logo. E isso quer dizer que sim, eu sofro por antecipação.
É difícil saber quanto de espaço se dá à essa ansiedade. Fazer planos é bom, me assegurar de que não deixarei nada passar é ótimo, mas será que não estou muito lá na frente? Será que não estou vivendo no futuro? Afinal, ainda tenho muito a fazer, muito pra realizar aqui e agora. O fator humano está trabalhando, minha parte nisso eu já fiz.
Talvez se eu olhar melhor, eu perceba (talvez até mesmo eu já saiba) que realizando coisas menores agora eu facilite o processo ali na frente. Às vezes o melhor jeito de realizar alguma coisa é perdendo o foco.
Larissa, eu super me identifiquei com seu texto. Muito mesmo, descreve exatamente como eu estou e a minha condição.
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Dá um negócio, né?? O importante é ter paciencia e as coisas se resolvem, se não para como a gente espera, de outro jeito. Mas é preciso paciencia pra não trocar os pés pelas mãos!
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