Percebi que tenho bastante história que quero contar e então o melhor a fazer (depois de explicar como descubro o que fazer num destino e como chego nesses “o que fazer” quando já estou no meu destino), é dar dicas úteis de verdade.
Antes de mais nada: para brasileiros entrarem em países da União Européia não é necessário nenhum tipo de visto, desde que o brasileiro comprove que não passará mais de 90 dias por lá e que tem como se manter nesse período. Então antes de embarcar é sempre bom ter os comprovantes de reserva em mãos, alguns euros e os cartões que usará por lá, além de, é claro, um passaporte válido.
Existem dezenas de empresas aéreas que podem te levar até a Europa partindo do Brasil. Isso você já deve saber. O difícil é descobrir qual empresa aérea pode te levar até lá da melhor maneira possível pelo menor preço.
O decolar.com é apenas um dos diversos sites que mostram as opções de voos mais baratos para os mais diversos destinos. Além dele, o submarino viagens é outra boa opção nacional. Entre as gringas o sky scanner cumpre muito bem essa função e agora o site tem uma versão em português do Brasil. O hipmunk é uma alternativa mais engraçada, moderninha e traz as informações de um jeito bem bacana: o site te mostra não só as viagens, mas também quanto de agonia elas irão te trazer. Uma barrinha bonitinha te mostra o tempo de voo, o tempo de solo e você consegue visualizar melhor se vale a pena ou não aquela conexão de 10 horas pra pagar 300 reais mais barato numa passagem.
Ah! E isso também é bem legal de reparar! Algumas vezes, em todos as opções supracitadas, encontramos algumas pechinchas, mas antes de sair clicando em comprar, é legal ver se tem conexão ou escala e quanto tempo elas levam. Porque acontece exatamente o que falei ali em cima: você pode pagar menos, mas já chega no destino de porre e muitas vezes cansado. Eu prefiro procurar sem parar, quase obsessivamente por passagens antes de ir viajar (o que não falei até agora que não pareceu um pouco obsessivo, né? hahaha). Os voos costumam mudar com frequencia, então é bacana anotar em algum lugar os voos interessantes. Eu já pensei em comprar passagem mais barata com uma conexão um pouco mais longa, porque né, economizar é sempre legal, mas ficando sempre de olho nunca precisei comprar tal passagem, porque vira e mexe aparece passagens boas por preços bacanas. O legal então é começar a procurar pela passagem pelo menos uns 3 meses antes da viagem, pra ter uma folga maior pra procurar uma passagem melhor e não ter que sofrer com passagens caras como as passagens ficam quando a data do voo se aproxima.
Sobre as cias aéreas não dá pra inovar muito no discurso. Já cruzei o Atlântico de Air France voando de São Paulo pra Lisboa, com conexão em Paris. O voo daqui para Paris foi super tranquilo, apesar de longo, e eu digo isso como alguém que nunca tinha andado de avião e até então morria de medo! A comida é boa, os comissários eram bem atenciosos e tinha bastante opção de entretenimento a bordo. Ano passado fui de Lufthansa de São Paulo para Berlim, com conexão em Munique e me apaixonei! O avião é bem menor que o da Air France, o atendimento impecável, a comida deliciosa e mil opções de filmes e música bem atualizadas. Tinha os dois cds da Adele bombando, por exemplo.
Quanto à locomoção dentro do continente, os europeus – e nós, os turistas – tem várias opções. Se você quiser manter suas raízes brasileiras por lá, dá pra encontrar centenas de rotas de e para diversos países feitas por onibus e a Eurolines não vai te deixar na mão. Eu nunca andei de Eurolines, mas já fucei o site e dá pra encontrar bastante coisa legal, e conheço também algumas pessoas que usaram e elogiam.
Existe também uma opção bem diferente da que estamos acostumados e garanto: é uma delícia! Viajar de trem é algo que só experimentando dá pra ter noção. Posso estar romanceando demais, mas há algo romântico mesmo em viajar de trem. As amplas janelas, as mesinhas, a paisagem. Tudo vale a pena. Os preços não são tão em conta quanto o onibus, isso é verdade, mas a viagem compensa. Cada país tem sua operadora dos trens, mas a Eurail te oferece uma timetable bem completa de praticamente todos os destinos imagináveis. Nem sempre os preços das passagens são amigáveis, mas eles oferecem também “passes” que te permitem viajar x vezes em um determinado período de tempo, não importando quantos trens você pegou, mas sim a viagem feita. Eu usei o passe que me permitia viajar acho que 10 vezes num período de 3 meses e super recomendo. Os trens são rápidos, eficientes e apesar de uma viagem de trem demorar mais do que uma de avião, por exemplo, as estações normalmente são centrais, ou no mínimo, melhor localizadas que os aeroportos.
Quando viajar de onibus e de trem pode significar perder horas importantes existe sempre a opção de viajar de avião e é agora que a coisa fica boa: existem dezenas (juro) de empresas aéreas que cobram baratinho de um destino a outro. São as chamadas empresas low cost ou low fare. O nome do segmento delas não importa muito, o que é bom ter sempre em mente são os nomes das empresas. A easyjet provavelmente te levará de qualquer lugar para qualquer lugar por um preço bem em conta e o serviço, eu garanto, é bem parecido com o da Gol aqui no Brasil. Ela não é a única e nem sempre é a mais barata, mas é uma das que possuem o maior número de destinos. A wizzair, a ryanair, a transavia e a vueling são só algumas das outras empresas que te transportam de maneira rápida entre cidades do continente europeu, mas mantenha em mente que os preços baixos implicam na provável ausência do lanchinho à bordo, em assentos menores e também em restrições de bagagem. E a easyjet não escapa disso.