Certo, você já sabe o que quer visitar, ver e conhecer quando estiver no seu destino, certo?
Agora é a hora de organizar toda essa informação. Mais: encare isso como um pré-roteiro das suas férias. E para fazer isso você só precisa fazer uma matemática simples: divida o número de atrações pelo número de dias na cidade. Depois disso, eu simplesmente pego o guia, abro o google maps e arranjo algum lugar onde possa tomar nota.
Eu acho que uma boa maneira de otimizar o tempo é separando a cidade por áreas, identificar o que fica perto do que e daí traçar um percurso. Na minha cabeça faz muito mais sentido se deslocar até uma parte da cidade e daí explorá-la do que ficar indo de um lado pro outro completamente errante. Ainda mais porque quando as coisas são perto uma da outra e você se desloca a pé, tem a oportunidade de ver coisas bonitas, curiosas, estranhas e encantadoras no trajeto; enquanto quando as coisas são longe a gente sempre opta pelo metro (quando tem) pra poder percorrer as distancias de maneira rápida e tudo o que vê são tuneis.
Eu uso o google maps sem dó de gastá-lo. Uso principalmente a ferramenta de rotas dele pra ver qual seria o caminho ideal e as estações de metro e pontos de onibus próximos aos pontos turísticos. Tudo isso porque acredito que a solução para qualquer e possível problema é a informação. Se eu tomar cuidado pra saber tudo isso antes, não vou precisa perder muito tempo tentando descobrir durante a viagem como me deslocar pela cidade.
Um exemplo que eu acho que ilustra bem o que eu digo é da primeira vez que estive em Berlim. Não dei a atenção que a cidade merecia e no fim descobri que um caminho que seria feito por uma caminhada por uma avenida linda foi feito através de baldeações de u-bahn. E foram baldeações mesmo: peguei 3 linhas de u-bahn diferentes para sair num lugar que ficava no final da avenida do hotel! Tudo isso porque o mapa da cidade que eu tinha comigo não tinha uma escala boa e o mapa do metro não dizia “filha, vai a pé”.
E isso foi em 2009, não faz muito tempo, mas os apps de celular não eram tão famosos. E mesmo agora que são, eu ainda prefiro me programar antes a ficar parada em pé checando o app no meio da rua.
Outra coisa: sou adepta do caderno de viagem. Mais do que usá-lo como um diário, carrego o livreto para ter sempre comigo informações importantes. Quais são as informações que vão para suas páginas?
– Local pelo qual chegarei na cidade
– Nome e localização de onde estarei hospedada (telefone do lugar fecha o combo)
– Meio de deslocamento estação/aeroporto até o local de hospedagem
– Estações, pontos de onibus e/ou tram e avenidas próximas ao local de hospedagem
Sou daquelas que evita quantos taxis forem possíveis durante uma viagem. Não porque seja um absurdo de caro, porque analisando melhor, não é. Mas se existe a possibilidade de “viajar mais” eu a aproveitarei. É claro que as vezes, dependendo do seu estilo de viagem, não rola pegar um onibus até o centro da cidade e de lá pegar o metro, porque sua mala vai te atrapalhar e você já chega no lugar onde vai ficar cansado. Porém, se você não se cansa fácil ou se está tendo uma viagem mais prática, essa dica é ouro: a maioria dos aeroportos tem algum meio de transporte que te liga diretamente não só ao centro, mas principalmente a ele, das cidades a que servem. E normalmente o preço é bem camarada!
O processo de chegar e sair de uma cidade é basicamente o mesmo processo de descobrir como faz pra ir de onde estarei hospedada para as atrações que quero conhecer. Entrar no site das empresas que cuidam dos meios de transportes também é legal, para ter uma noção melhor de rotas (google maps erra tanto na gringa quanto erra aqui no Brasil) e também uma noção melhor de preços. E o maps sempre mostra qual é a empresa. Isso não é complicado.
Descobrir e entender o lugar que desbravarei com antecedência me poupa tempo in loco e aumenta minha segurança enquanto viajante. É claro que imprevistos acontecerão e você vai precisar mudar algum dos planos que fez com antecedência. Toda viagem precisa de espaço pra isso e você deve respeitá-lo e ter cabeça fria quando acontecer. Mas esse pré roteiro te ajuda a não deixar aquilo que você quer ver pra trás. Ele não garante, mas ajuda. Assim como ter um conhecimento prévio dos transportes que servem a cidade te ajudam a se virar melhor na hora do ir e vir.
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Todas as imagens que ilustram o post é da minha segunda vez em Berlim. Dessa vez bem informada!