O tal ano de 2010.

Ok, são 09:05 horas do dia 28 de dezembro do ano de 2010. Falemos dele.

Antes de mais nada, 2010 foi um ano pacato. Sim, é assim que eu defino este ano que está para terminar. Claro, passei momentos de puro estresse, claro vivi momentos de enorme alegria, mas em suma, 2010 foi um ano calmo. Eu diria mais: foi um ano na medida certa.

Janeiro começou ótimo em Bauru. Gosto quando o ano começa com roadtrips tranquilas, livre de congestionamentos. Além disso 2009 fi-nal-men-te tinha acabado. Alívio e gostinho de felicidade. Tem como não gostar? Só faltava a formatura e pronto: tchau Cásper, valeu pelos momentos incríveis.

Fevereiro pra mim = Carnaval, então não me importo se o Carnaval deste ano não foi nesse mês e eu não vou checar. Fevereiro teve carnaval tranquilo, gostoso e quente em Boituva. Teve também as solenidades que pra quem viu, sim, eu me formei. Ufa! Era a chave de ouro que eu precisava pra fechar o baú as lembranças do último ano.

De março pouco me lembro. Acho que isso só serve pra demonstrar a calmaria deste ano. Abril, Aiupa. Olé. Fui ver o Matisyahu ao vivo e não preciso falar muito mais. Delícia de mês esse abril.

Em maio, se bem me lembro, peguei um avião sentido Vitória. A capital do Espírito Santo mesmo e não a da Conquita, na Bahia. Dizem que é bonita, preferi Vila Velha, com ondas malucas, prédios na praia e moqueca com o Muqui. Camila e Luísa, ao que me consta, também aprovam.

Foi em Vitória, durante o Intercom, que tive uma das horas mais chatas do ano. Pedantismo acadêmico, ninguém gosta. Ninguém. Acredito até que aquelas pessoas ali mesmo, todas e cada uma delas, elas se odiavam e odiavam a si mesmas.

Junho, JUCA.  Meio de mês terrível, fim de mês com surpresa boa. À parte, Copa do Mundo. Chorei com os tsá mina mina’s da Shakira porque sou besta e aparentemente só me emociono com coisas ridículas. Torci pro Brazil, discordei do Cruyff (mas no final acho que ele manja um pouco mais do que eu), torci pro Raul Meireles e pro Deco, torci pros laranjas. A Fúria venceu a final e eu recortei a capa do jornal pra colar no meu mural.

Junho se misturou com julho. 23 anos pra Lari é coisa demais e ao mesmo tempo não se sente. Todo dia 21 de julho pede, clama, acompanha um colapso nervoso, mas juro que não é por causa do meu aniversário. Ou talvez seja.

Agosto começou com mais Boituva. Sol, amigos e paz. E então as pessoas começaram a usar tamancos e eu, que agrido a moda constante, mas não diariamente, não pude admitir. Bato na mesa em sinal de intolerância. Revi o Nekro e seu Boom Boom Kid junto do Eu serei a Hiena no bom e velho Hangar 110, que só me serve para visitas como essa, numa tarde gélida de algum domingo do mês.

Fui com a Jack ao Rio, numa viagem desorganizada e proveitosa. Deu tudo certo. Corremos pelo calçadão (not), pegamos onibus, usamos longo e vimos velhos amigos (acho bacana falar que tenho velhos amigos sendo que ainda sou jovem, ha-ha) dizer “sim”. Esse tipo de rolê sempre vale a pena.

Em setembro fechei os olhos ao som de Anna Von Hausswolff, pra mim já é o suficiente.

Outubro veio e trouxe minha quarta dose de O Augusto do ano. E venhamos e convenhamos, too much of his love is never enough. Foi ao lado dele que presenciei o conjunto musical Queens of the Stone Age num noite muito horrivelmente gelada de Itu. Galera falou mal, xingou e mandou o SWU tomar no cu, mas quem se importa… era o QOTSA ali na minha frente, ao vivo e eu não reparei em nenhum chiado constante.

Novembro foi o mês passado e eu já não me lembro. Julian esteve aqui, comemos um montão e fomos juntos conhecer a Gambiarra. Eu não pretendo voltar, ele, que é gringo, foi de novo. Eu heim. Foi em novembro que eu reparei que 2010 tinha passado muito rápido, porque foi em março que a Raquel tinha dito que no fim do ano voltaria – de vez – pra Alemanha, e quando me vi, estava ali, já, me despedindo dela em formato festa.

Dezembro chegou e Raquel se foi. A tempo de evitar o caos aéreo (gosto de como o caos assombra o fim de ano: coas aéreo, caos das compras, caos nas estradas e também na modalidade caos temporais de verão). E então consolidou-se o sem ter nada Corinthiano, mas eu realmente não entro neste mérito com quem gosta de enumerar coisas. E não é porque sou corinthiana, mas sim porque eu sou assim e tenho preguiça desses discursos e debates.

Daí chega o dia 15 do mês e só se fala em natal e aí chega o dia 20 do mês e só se fala no combo natal + ano novo e agora aos 28 de dezembro todo mundo – mais do que nunca – só consegue olhar pra trás e fazer listas sobre o que foi bom e sobre o que foi ruim e então lançar suas previsões pros próximos meses, ou mesmo pras próximas listas que serão feitas.

Eu, por minha vez, não posso fazer listas dos melhores shows do ano porque só vi umas 10 bandas ao vivo este ano. Não posso listar os 10 melhores discos do ano, porque acho que só ouvi mesmo o novo do Arcade Fire e o do Swans. Não listarei os melhores esportistas porque sou simples espectadora, mais incapaz de emitir opinião fundamentada sobre isso do que sobre qualquer outra coisa.

Só adiciono aqui que em 2010 foram ditos “adeus” demais, por mim e por pessoas próximas a mim e isso machuca.

No mais, 2010 foi um bom ano.

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