Saiu há uns 10 dias o novo vídeo-clipe do Linkin Park. A música está na trilha do Transformers 2 e então o clipe ficou naquele esquema “banda no clima do filme + cenas do filme”. Essa é uma formula que incrívelmente sempre dá certo. (E que vale outro post só pra ela).
Se a formula já é velha conhecida dos vídeos de música de trilha de filme, a banda e o direitor do clipe Joe Hahn inovaram na finalização. Eu já fiz um post aqui sobre essa técnica que eu continuo achando genial.
Vamos ao clipe:
Repararam? A técnica, vale dizer, chama-se datamoshing e caracteriza-se no seguinte: quando eu comprimo um arquivo de vídeo os dados se dividem em keyframes e deltaframes. Enquanto os primeiros guardam informações como cor e espaço, os segundos determinam o movimento dos primeiros. Daí se eu apagar uns e mexer noutros, o resultado é o que vemos aí!
Agora voltando ao clipe do Linkin Park, eu achei a idéia de usar o datamoshing nele ge-ni-al, porque a música tem energia, tem um certo peso e o clipe, exatamente por conter cenas também cheias de energia do filme conseguem aplicar um teor de “quebra” quando usada a técnica. Me fiz clara?
Eu estou querendo dizer que eu acho que usar essa técnica em imagens intensas acompanhadas de uma música “pesada” cria uma atmosfera quase perfeita, tem liga, ritmo e o resultado fica ótimo!
Mas tenho uma crítica: eles além do datamoshing usaram vários outros efeitos na parte da banda e isso acabou carregando um pouco o clima do vídeo. A fórmula quase perfeita deu praticamente errado por causa do que adicionaram a ela. Uma pena.
Antes d’eu terminar, deixa eu falar que até o Radiohead está usando essa técnica em seus webcasts e o MGMT também a usaram numa versão não-lançada de Eletric Feel. Se você, como eu, adorou a técnica, clica aqui que dá pra aprender como fazer via youtube! Não é incrível?
Um comentário sobre “O novo vídeo do Linkin Park (e o datamoshing)”